Desde o último dia 29 de outubro o município paulista de Sumaré vive uma nova era. A cidade de mais de 280 mil habitantes é mais uma das que aderiram ao cada vez maior número de administrações que utilizam a gestão pública digital. Do planejamento e orçamento, passando pela execução financeira, folha de pagamento e controle de frota e combustíveis, tudo é feito dentro do conceito de cloud computing.
A tecnologia pode fazer a administração local dar um salto para o futuro no atendimento à população da cidade que integra a região metropolitana de Campinas. Sumaré aumenta assim a estatística de prefeituras brasileiras que investem na computação em nuvem. Em 2018, por exemplo, o país chegou à 18ª posição no ranking de desempenho global no setor. Dois anos antes o Brasil estava em 22º lugar na lista. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) indicam que até 2021 o crescimento chegará aos 27% ao ano em território nacional.
O movimento em direção à computação em nuvem começou pelo setor privado, onde avança de forma acelerada. Mas também os serviços públicos se beneficiam da tecnologia. Há um ano, cerca de 30% das instituições das diversas instâncias de governo no país já utilizavam a nuvem.
E, em um mundo cada vez mais digital, dar ao cidadão a oportunidade de usar o smartphone para agendar consultas médicas, gerar boleto de IPTU, renovar alvarás para empresas, solicitar corte de árvores, reservar vagas em creches ou escolas, fazer o licenciamento para a construção civil ou emitir guias para o recolhimento de tributos da administração municipal é certamente um imenso avanço.
Internamente, a prefeitura de Sumaré passou a automatizar processos, melhorar a eficiência na gestão de recursos humanos e financeiros, eliminar filas e cortar consideravelmente o uso de papel. Tudo isso ainda proporciona uma eficiência econômica, pois a computação em nuvem não exige investimentos em infraestrutura de servidores, hardware, cabos, bancos de dados e manutenção de equipamentos. Armazenados na nuvem, não em estruturas físicas, os dados permanecem em segurança mesmo quando da ocorrência de catástrofes naturais, como enchentes. Eficiência, agilidade, segurança, comodidade. Os benefícios da nuvem são variados e, tenho certeza, a expansão dos serviços baseados nessa tecnologia é caminho sem volta.
Aldo Mees, diretor-presidente da IPM Sistemas.