A cidadania digital se refere a um conjunto de direitos, responsabilidades e comportamentos que os cidadãos devem ter para garantir o uso seguro e responsável da tecnologia.
Assim como cidadãos tem deveres e direitos na sociedade, para garantir relações saudáveis e o pleno funcionamento das instituições, o ambiente digital também estabelece normas e práticas.
Neste artigo, exploramos o conceito, seus pilares e como governos podem fortalecer a cidadania digital. Continue nos acompanhando!
O que é cidadania digital?
Cidadania digital se refere ao conjunto de direitos, responsabilidades e comportamentos que os cidadãos devem ter ao interagir nos ambientes digitais.
Isso inclui o uso responsável e ética da tecnologia, a compreensão dos direitos e privacidade, a habilidade de identificar informações falsas e participação ativa em comunidade.
Em outras palavras, ser um cidadão digital significa ter acesso à internet e às ferramentas digitais, mas também ter conhecimento para usá-las de forma benéfica e sem causar danos.
Quais os elementos da cidadania digital?
Conceito estabelece normas e deveres para a sociedade digital.
Os principais elementos da cidadania digital abrangem diferentes aspectos do ambiente digital e da tecnologia. Podem ser divididos em nove elementos:
Direito ao acesso
Esse elemento diz respeito a garantia de que todos tenham oportunidade de se conectar à internet e usar ferramentas digitais, combatendo a exclusão digital.
É dever dos governos promover políticas públicas que facilitem o acesso à internet em áreas rurais e comunidades de baixa, bem como incentivar o aprendizado da tecnologia.
Comércio digital
Garante que as pessoas possam realizar compras e vendas de produto de forma online e segura, utilizando sites confiáveis e meios de pagamento seguros.
É necessário que as pessoas estejam atentas a realizar pesquisas de preços e produtos antes de comprar qualquer item para garantir o melhor negócio.
Bem como estar atento às políticas de troca e devolução, além de evitar sites fraudulentos e golpes online, pesquisando sobre os envolvidos.
Comunicação digital
Comunicar-se virtualmente de forma respeitosa e educada, evitando o cyberbullying, discursos de ódios ou outras formas de comunicação violenta digital.
Estabelece também a necessidade de ser crítico com as informações encontradas na internet, priorizando sempre fontes confiáveis e checando a veracidade das informações.
Os usuários devem usar as redes sociais de forma responsável e ética, evitando conteúdo impróprio e conflitos.
É importante respeitar a privacidade das pessoas online e não compartilhar dados pessoais sem o consentimento delas.
Alfabetização digital
Esse elemento diz respeito a necessidade de desenvolver habilidades para se expressar e compreender informações com clareza.
Por exemplo, por meio do uso de ferramentas digitais de forma eficaz, como pesquisar informações, criar apresentações, editar imagens e vídeos ou conversar de maneira online.
Manter-se atualizado sobre novas tecnologias e tendências, além de buscar cursos e treinamentos para aprimorar habilidades são fundamentais.
Aos governos, cabe incentivar a educação digital desde a infância para que as crianças aprendam a usar de forma segura e responsável.
Etiqueta digital
O padrão de conduta para usuários da internet exige seguir boas práticas como evitar o envio de spam, conteúdo impróprio e mensagens ofensivas.
Segundamente, ser respeitoso com outros usuários no ambiente virtual, mesmo que haja discordância de opiniões nos ambientes de debate.
Usar linguagem adequada nos ambientes, evitando principalmente gírias e abreviações que podem ser mal interpretadas.
Além disso, é essencial dar credito às fontes de informações utilizadas, evitando o plágio de conteúdo e informações falsas ou enganosas.
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Lei digital
Considerado um dos elementos mais relevantes da cidadania digital, debate sobre a necessidade de conhecer os direitos e deveres relacionados ao uso da internet.
Temas como direito à privacidade, à liberdade de expressão, à segurança de dados e propriedade intelectual são os mais populares na área.
O objetivo é garantir que os cidadãos sejam respeitados no ambiente digital e também respeitem os outros.
Entre os deveres, respeitar as leis de direitos autorais ao usar conteúdos online, como músicas, imagens e vídeos, são os mais causam problemas, bem como a responsabilidade pelo conteúdo publicado.
A legislação brasileira conta com alguns mecanismos para garantir o respeito aos direitos, medidas de prevenção e punições para as violações.
Exemplos são o Marco Civil da Internet, a Lei dos Crimes Informáticos, a Lei de Acesso à Informação, e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Direito e responsabilidade digital
Diz respeito a defender a liberdade de expressão no ambiente online, respeitando a diversidade de opiniões e ideias, além de denunciar conteúdo impróprio às autoridades competentes.
A proteção a privacidade online, com a utilização de senhas fortes e configurações de privacidade adequadas também se encaixam nesse elemento.
Além da garantia que os dados pessoais sejam usados de forma responsável pelas empresas, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Ademais, esse quesito estabelece a consciência sobre os riscos e consequências do desrespeito às normas legais e éticas do tratamento de dados pessoais.
Saúde e bem-estar digital
Esse elemento veio para garantir o bem-estar físico e psicológico em um mundo de tecnologia digital, isso envolve fatores como:
- Fazer uso consciente da internet, evitando telas por tempo demais e o uso compulsivo de redes sociais.
- Manter uma postura ergonômica adequada ao usar dispositivos digitais, afim de evitar problemas na saúde física e na postura.
- Buscar atividades “off-line” para se relacionar com pessoas e evitar uma jornada interpessoal presa às telas.
Segurança digital
A preocupação com a segurança pessoal guia esse elemento que prevê medidas necessárias para que todas possam ter a devida garantia de proteção.
Aos usuários, é necessário manter cautela e utilizar dispositivos com softwares antivírus e outros mecanismos de segurança, além disso, é importante ter cuidado ao receber transferências de terceiros.
A utilização de senhas de difícil acesso em seus equipamentos e contas pessoais também garante camadas extras de proteção.
Como a cidadania digital impacta o setor público?
A cidadania digital impacta a gestão pública de diversas maneiras, trazendo benefícios para o governo, para os cidadãos e para a sociedade como um todo.
Alguns dos principais impactos são:
Governo Digital: a cidadania digital facilita a implementação do governo digital, permitindo que os cidadãos acessem serviços públicos online, de forma mais rápida, fácil e conveniente.
Serviços digitais: a oferta de serviços digitais facilita o acesso dos cidadãos à administração pública, reduzindo filas, burocracia e custos para o governo.
Eficiência: a automatização de processos por meio de ferramentas digitais torna a administração pública mais eficiente e ágil.
Inovação: a cidadania digital incentiva a inovação na gestão pública, com a criação de novos serviços e soluções digitais para atender às necessidades dos cidadãos.
Transparência: a publicação de informações públicas online torna o governo mais transparente e presta contas aos cidadãos de forma mais eficaz.
Cidadania Ativa: a cidadania digital empodera os cidadãos, tornando-os mais conscientes de seus direitos e deveres e mais participativos na vida pública.
Participação aprimorada: facilita a participação dos cidadãos em processos decisórios do governo, como consultas públicas e fóruns online.
Sustentabilidade: a oferta de serviços digitais reduz o uso de papel, diminuindo o impacto ambiental da administração pública.
Conheça a história de transformação digital do município de Pinhalzinho (SC).
Como a gestão pública pode promover a cidadania digital?
A gestão pública pode criar um ambiente propício para que todos os cidadãos possam se beneficiar das tecnologias digitais de forma segura, responsável e ética.
Para alcançar esse objetivo, o governo pode implementar medidas, como:
Investir na infraestrutura de internet: expandir a rede de internet banda larga para áreas rurais e comunidades de baixa renda, garantindo o acesso universal à internet.
Oferecer internet gratuita em espaços públicos: criar pontos de acesso Wi-Fi gratuitos em bibliotecas, escolas, praças e outros locais públicos.
Oferecer cursos e treinamentos gratuitos: formação sobre como usar ferramentas digitais, desde a navegação na internet até a utilização de softwares específicos.
Integrar a educação digital nas escolar: ensinando as crianças e jovens a usar as tecnologias digitais de forma crítica, segura e responsável.
Realizar campanhas de conscientização: materiais diversos sobre a importância da cidadania digital e os riscos do uso indevido da internet.
Investir em legislação: criar leis e regulamentações que protejam os dados pessoais dos cidadãos online e combatam crimes cibernéticos.
Investir em segurança cibernética: infraestrutura e ferramentas de segurança cibernética para proteger os sistemas e dados do governo contra ataques cibernéticos.
Educar os cidadãos: sobre os riscos da internet e como se proteger contra ataques cibernéticos, phishing e outras ameaças online.
Implementar serviços digitais acessíveis e fáceis: para que os cidadãos possam acessar serviços públicos online, como consultas, pagamentos e agendamentos.
Combater a desinformação online: e promover a disseminação de informações confiáveis e de qualidade.
Conclusão
A cidadania digital é um processo contínuo que exige o compromisso de todos os setores da sociedade.
Instituições sociais devem trabalhar para garantir que todos os cidadãos tenham as habilidades, os conhecimentos e o acesso necessários para se tornarem cidadãos digitais conscientes e responsáveis.
Ao fortalecer a cidadania digital, a gestão pública pode criar um ambiente digital mais inclusivo, seguro e democrático, onde todos os cidadãos possam se beneficiar das tecnologias digitais e contribuir para o desenvolvimento da sociedade.