Governo 5.0: a evolução da gestão pública - IPM
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O Governo 5.0 refere-se a uma visão da evolução da gestão pública marcada pela personalização, onde o cidadão é o centro que orienta os serviços públicos. Construído sobre as bases dos estágios anteriores, essa nova abordagem ainda é pouco conhecida no Brasil.

Neste artigo, detalhamos toda a proposta e como estão sendo delineados os contornos do futuro da gestão pública.

O que é Governo 5.0?

O Governo 5.0 é uma abordagem que propõe uma visão para o futuro do governo. Considerado o quinto estágio na evolução do governo digital, é uma etapa caracterizada pelo foco no cidadão, com uma abordagem hiper conectada da sua experiência em relação à gestão pública.

Nessa fase avançada, o governo reestrutura os seus serviços em torno de vários acontecimentos da vida dos cidadãos, criando uma experiência personalizada, contínua, ágil e preditiva. O objetivo é minimizar a necessidade das pessoas interagirem com diversos órgãos públicos para ter acesso aos serviços.

Por meio do Governo 5.0, é possível contar com todo atendimento do governo em um único canal, digital de ponta a ponta, personalizado para os cidadãos e suas necessidades.

Personalização é a palavra-chave nessa fase.

Qual a importância do Governo 5.0?

O Governo 5.0 reconhece o papel central dos cidadãos e inverte o modelo operacional tradicional de gestão. Ao longo da história, são reconhecidos 4 estágios anteriores de governo digital que pontuavam o papel da administração pública e das pessoas. Essas etapas buscaram incluir tecnologias para melhorar o funcionamento da máquina pública e da vida dos cidadãos.

Do primeiro estágio até o Governo 5.0, existe uma mudança de mentalidade que passa de “governar para os cidadãos” para “governar com os cidadãos”. Assim, as relações passam a ser geridas pelos cidadãos e a tecnologia é construída para tornar essa jornada fluída e eficiente.

A administração pública sempre se esforçou para simplificar a rotina, otimizar os serviços públicos, minimizar tarefas repetitivas, criar ambientes mais colaborativas em tempo real, integrar órgãos e tomar decisões mais estratégicas e assertivas. Porém, esses avanços só foram totalmente possíveis com evoluções tecnológicas como soluções cloud e Inteligência Artificial, além de mudanças na mentalidade após os estágios anteriores.

Estágios anteriores

Governo 5.0: entenda essa visão que é a evolução da gestão pública. Veja os pilares, os benefícios e como aplicar na administração brasileira.

Governo 1.0 – Digitalização

O foco nessa etapa é a prestação de serviços, facilitar o acesso dos cidadãos ao essencial. Por conta disso, a oferta acontece de forma isolada, ou seja, não há integração entre os atendimentos, sendo necessário realizar cadastros a cada contato, setor ou órgão.

Essa é a etapa básica de informatização dos serviços públicos, o foco é promover acesso básico. Ou seja, mover o que é físico para o digital.

Governo 2.0 – Escala

Neste momento, o foco é deslocado do simples acesso aos serviços para uma entrega em larga escala, assim, promove-se uma cadeia “industrializada” de prestação de serviços, parcialmente integrados entre os mais urgentes para ampliar o atendimento digital.

No Governo 2.0, o foco não é um impacto holístico, apenas se amplia para promover acessibilidade.

Governo 3.0 – Automação

A concentração nessa etapa é a otimização das rotinas, dos processos e entrega dos serviços públicos. Além de possuir uma cadeia de atendimento que oferece serviços digitais parcialmente integrados, é crucial otimizar para obter eficiência, reduzir o tempo e envolver o menor número possível de servidores em tarefas repetitivas ou manuais.

A essência do Governo 3.0 é automatizar atividades para otimizar todo ecossistema público.

Governo 4.0 – Transformação digital 360º

A integração de dados vai ser o motor de transformação do Governo 3.0 para o Governo 4.0. Enquanto as etapas anteriores automatizaram processos, otimizaram rotinas e criaram uma cadeia de serviços, esse estágio impulsiona um modelo estratégico do uso da tecnologia para centralizar todo o governo.

Ou seja, o compartilhamento de informações vai permitir uma gestão proativa e a entrega mais eficiente de serviços, que agora contemplam todas as necessidades do cidadão em um único ponto de contato – sistema.

Pilares do Governo 5.0

Digital por excelência

Como o Governo 5.0 é a síntese do governo digital maduro, nessa visão, a tecnologia é considerada base de todo processo de transformação digital.

O elemento digital não é apenas uma parte dos serviços, do qual se “lança mão” em determinadas ocasiões. Com a abordagem holística, a tecnologia é incorporada desde a concepção até a prestação dos serviços públicos.

Além disso, esse pilar propõe o contínuo investimento em tecnologias mais modernas, acoplando-as à medida que os lançamentos chegam para o público geral.

Governo 5.0: entenda essa visão que é a evolução da gestão pública. Veja os pilares, os benefícios e como aplicar na administração brasileira.

Cidadão no centro

Nessa visão de governo digital, o cidadão passa a ser o centro das ações do governo. Isso implica que a construção dos serviços públicos seja planejada a partir da jornada do cidadão. Isto é, leve em consideração as diversas possibilidades e potenciais de sua interação com a administração pública.

Quando pensamos em cidadão no centro, é muito comum nos concentrarmos nos serviços básicos como saúde e educação, mas essa pessoa também faz parte do espectro de várias outras atividades. O cidadão pode necessitar abrir uma empresa, viabilizar obras, pagar tributos, importar produtos, etc.

Ou seja, colocar o cidadão no centro integra várias áreas, necessidades e movimenta a cidade a partir de uma experiência personalizada em larga escala.

Participação cidadã digital

Não existe Governo 5.0 sem a participação cidadã. Mudar o foco das relações de governo e governar com o cidadão exige o envolvimento ativo deles e participação nos processos de tomada de decisões.

Do lado da administração, esse pilar exige que a tecnologia promova a transparência e impulsione os cidadãos a contribuir e participar de consultas públicas digitalmente.

A capacidade de resposta também é um fator importantíssimo, pois os cidadãos devem conseguir enviar feedbacks para fortalecer a relação com o governo.

Guiado por dados

A coleta e a análise de dados são fundamentais para embasar decisões estratégicas, otimizar processos e aprimorar a eficácia dos serviços governamentais. A disponibilização em tempo real de informações integradas permite que os atendimentos sejam mais ágeis e otimizados, colaborando para a fruição da cadeia de serviços.

O impulsionamento da estratégia de dados por meio da Inteligência Artificial, por exemplo, promove uma gestão preditiva eficiente e centrada na experiência dos cidadãos, além de permitir a tomada de decisões de maneira mais rápida e assertiva.

Contudo, é crucial lembrar que questões relacionadas à segurança e privacidade de dados permeiam esse pilar, demandando esforços tanto do governo quanto dos cidadãos para implementar políticas éticas e práticas que garantam a efetivação do governo digital.

Governo como plataforma

Governo como plataforma propõe a criação de uma infraestrutura digital que permite a colaboração entre diversos atores, incluindo setor público, privado e sociedade civil. O objetivo é promover a inovação e agilidade, com serviços governamentais centrados no cidadão.

Para isso, a criação de uma plataforma tecnológica robusta, que permita a integração entre serviços e dados é indispensável, transformando, dessa forma, o governo em um facilitador e catalisador de soluções, em vez de um mero provedor de serviços isolados.

Governo como plataforma não apenas otimiza a jornada digital dos cidadãos, mas fomenta a criação de um ecossistema digital dinâmico que impulsiona o progresso e a transformação da administração pública.

Transparência total

Um governo digital desenvolvido com essa visão opera com a transparência como princípio. O compartilhamento proativo de informações e dados com o público, de maneira acessível e responsável, fortalece a participação cidadã e o vínculo entre governo e sociedade civil.

Ou seja, mais do que um princípio ético que baseia a administração pública, é uma forma de promover a prestação de contas e evitar a corrupção, permitindo que o governo seja continuamente melhorado e direcionado para oferecer experiências personalizadas aos cidadãos.

Formulação ágil de políticas públicas

A visão 5.0 de governo exige que as políticas públicas antecipem-se às demandas crescentes da população, além de incorporarem métodos para promover a colaboração entre governo e cidadãos de forma interativa.

Essa abordagem não apenas impulsiona a eficiência operacional, mas também fortalece a confiança do cidadão ao garantir que os serviços governamentais estejam alinhados com as necessidades em constante evolução da sociedade digital.

Em resumo, ao utilizar a tecnologia para facilitar a comunicação e colaboração entre as partes, a gestão desenvolve políticas públicas que respondem aos desafios e oportunidades de forma estratégica e de maneira orientada para resultados.

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Benefícios da abordagem 5.0

Os resultados dessa visão de gestão são positivos para cidadãos e também para os governos. A integração de dados, personalização de experiência e outros pilares podem promover o aumento da eficiência e economia de custos. Isso acontece porque processos simplificados ajudam contribuintes a economizarem e permitem que a administração entregue mais com menos recursos financeiros.

Aprimorar a inovação e agilidade também é considerado um benefício, pois a análise de dados e o feedback dos cidadãos proporcionam oportunidades contínuas para mudanças assertivas e adaptadas às necessidades.

Por fim, serviços personalizados e proativos levam a experiências melhores e maior confiança no governo. Por consequência, isso promove equidade social e bem-estar, quando todos se beneficiam dos serviços sociais com facilidade e qualidade.

Conclusão

O Governo 5.0 ainda é uma visão para o futuro digital das cidades inteligentes, e sua implementação vai variar em cada gestão e contexto. No entanto, essa abordagem representa uma grande oportunidade de transformar a maneira como os governos atendem os cidadãos e a forma como estes encaram a gestão pública.

Num contexto em que 53% dos munícipes apontam a falta de integração como um dos principais entraves à utilização dos serviços públicos e participação ativa, o uso de soluções tecnológicas que invertem esse jogo é essencial.

Promover aos cidadãos experiências valorosas e personalizadas é um desafio dos governos que desejam construir cidades à prova do futuro. E, embora a jornada seja longa, as administrações que estão investimento em transformação digital já estão colhendo frutos inestimáveis.

>> Vídeo: Dara, a primeira Inteligência Artificial da IPM

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