Inteligência Artificial e o futuro da gestão pública - IPM
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1 Terabyte. Essa era a quantidade de informações geradas por minutos em uma cidade como São Paulo em 2020. O número indica uma vasta quantidade de informações sobre necessidades, desafios e capacidades desaproveitadas até o surgimento da Inteligência Artificial na gestão pública.

Embora não existam dados recentes sobre a quantidade de informações geradas por cidades brasileiras, é indiscutível que o volume é grande. Especialmente com 2023 se destacando como o ano da Inteligência Artificial. Marcado pelo avanço e popularização de tecnologias e produtos de Inteligência Artificial (IA), especialmente com o ChatGPT, Bard e outros similares. O que muitos não percebem, entretanto, é que as tecnologias de IA já fazem parte do nosso dia a dia há mais tempo, com aplicações abrangentes e impacto notável.

Inteligência Artificial: o que é e o que é simulação

A Inteligência Artificial (IA) é um vasto campo da ciência da computação. O seu objetivo é criar máquinas capazes de realizar tarefas complexas, antes exclusivas para humanos. Através da análise de dados, projeção de cenários ideais e tomada de decisões, são possíveis.

A construção de uma IA pode abranger uma ampla gama de tecnologias como machine learning, deep learning e redes neurais. Assim, o sistema é capaz de alterar seu comportamento autonomamente, baseando-se em dados. Esse processo é denominado “aprendizado de máquina”.

No entanto, é crucial ter em mente que a Inteligência Artificial, apesar de uma proposta antiga, continua em estágio inicial de desenvolvimento. Muito dos sistemas vendidos como IA são apenas simulacros que utilizam outras soluções.

Exemplos de soluções que apenas são simulacros de Inteligência Artificial

Sistemas de recomendação: muitos parecem utilizar IA, mas usam algoritmos para sugerir produtos ou serviços com base em seus dados de navegação, ou histórico de compras. O principal ponto de diferença é que esses sistemas não são capazes de entender ou aprender as preferências dos usuários, apenas reproduzem.

Chatbots tradicionais: esses sistemas padrão operam de maneira semelhante a uma Unidade de Resposta Audível (URA) telefônica. Ou seja, o atendimento é automatizado e os usuários devem escolher uma opção entre as disponíveis. Essa seleção continua em um processo de triagem até que a respectiva demanda seja resolvida. Caso contrário, a pessoa segue visualizando uma mensagem de erro solicitando que escolha dentro uma das opções do menu. Se quiser saber mais sobre esse tipo de tecnologia, recomendamos a leitura desse artigo.

Algoritmos que apenas seguem instruções: são algoritmos que seguem instruções. Como um software (programa de computador) que calcula a soma de dois números, não é Inteligência Artificial. Mais do que seguir instruções, uma solução de IA deve ser capaz de aprender e se adaptar às novas informações.

Casos reais de uso da Inteligência Artificial na gestão pública

Atuação proativa no combate à evasão escolar

No Brasil, 46% dos estudantes mais pobres não chegam a concluir o ensino básico, em uma tragédia silenciosa que traz sérios prejuízos a toda a sociedade. As causas da evasão escolar são complexas e envolvem fatores sociais, econômicos e educacionais. Nesse contexto, a Inteligência Artificial pode ser aplicada para compreender a realidade de cada aluno, escola e Município, e então identificar os alunos com maior risco de evasão escolar e os motivos do abandono dos estudos.

Dara é a primeira Inteligência Artificial aplicada à gestão abrangente. Lançada em maio de 2023 pela IPM Sistemas, utiliza machine learning, deep learning com redes neurais e outras tecnologias de IA para orientar gestores públicos em uma gestão pública eficiente e proativa, antecipando necessidades e problemas da administração municipal.

Como utiliza machine learning, Dara faz uma análise 360º dos dados já disponíveis no sistema de gestão, o Atende.Net, interpretando-os de forma profunda e detalhada. Assim, consegue aprender e melhorar ainda mais com o tempo, otimizando seu desempenho e aumentando sua taxa de acertos. Na previsão da evasão escolar, a taxa de assertividade supera os 99%.

Dara apresenta junto aos motivos da evasão, visões estratégicas, táticas e operacionais que podem ajudar alunos de maneira individual e coletiva, trabalhando em conjunto com professores, gestores e responsáveis. A solução já está em uso em Municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Mobilidade urbana eficiente e segura

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (U.S. Department of Energy) é responsável pelo desenvolvimento do Transportation State Estimation Capability (TranSEC). Essa solução utiliza Inteligência Artificial para analisar o tráfego urbano. Além disso, ela fornece em tempo real informações sobre o movimento de veículos nas vias urbanas.

A IA nesse caso ajuda a controlar o tráfego nas ruas, auxilia na prevenção de acidentes e congestionamentos de trânsito, além de monitorar a logística de deslocamentos, promovendo a mobilidade e seguranças nas vias. Dessa forma, se fortalece uma cidade inteligente com foco nas necessidades dos cidadãos em suas diferentes formas e fazendo uso de diferentes ferramentas digitais.

Atendimento digital e acessível

“Pergunte para a Jamie” (Ask Jamie) é uma assistente virtual lançada em 2018 pelo Governo Digital de Singapura para ser implantada nos sites governamentais para atendimento ao público. A tecnologia, que está disponível em mais de 70 setores da administração público do país asiático, utiliza Processamento de Linguagem Natural (NLP) para entender e responder às questões dos cidadãos de forma natural.

Jamie foi uma solução de Inteligência Artificial encontrada pelo governo para otimizar e agilizar atendimentos. Funciona dentro da estrutura de transformação digital que é base das propostas da administração pública local.

A IA foi treinada com milhares de perguntas para compreender e responder naturalmente, mesmo quando usuários enviam múltiplas perguntas em um só momento.

Gestão preditiva na saúde

No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (National Health Service – NHS) desenvolveu uma iniciativa para coletar dados de COVID em pacientes para ampliar o conhecimento sobre o vírus e desenvolver soluções melhores. Com suporte de vários colaboradores, o Serviço Nacional criou o National COVID-19 Chest Imaging Database (NCCID), um banco de dados aberto de radiografias de tórax de pessoas com Covid por todo país.

A iniciativa permitiu o uso dos dados em Inteligência Artificial utilizando deep learning. Dessa maneira, os pacientes com Covid-19 foram atendidos com aplicação de técnicas e soluções indicadas por IA após análise de uma grande quantidade de dados, cruzados informações e pesquisas disponíveis a época.

Dara é capaz de atender de forma natural e orgânica através da Inteligência Artificial

Dara é a primeira assistente virtual para gestão pública que realmente usa Inteligência Artificial

Por que IA na gestão pública?

Melhores decisões

Utilizando Inteligência Artificial na administração pública, é possível processar uma capacidade gigantesca de dados, geralmente inutilizados, em menor tempo. Dessa maneira, o gestor tem acesso em tempo real a insights assertivos e estratégicos que permitem tomar melhores decisões, baseadas em dados.

A aplicação dessa tecnologia, exige que a administração pública utilize um sistema para gestão de prefeituras 100% em nuvem e com banco de dados único como o Atende.Net da IPM Sistemas. Dessa maneira, as informações centralizadas permitem ação eficiente da IA e que o gestor acesse as informações de qualquer dispositivo, sem necessidade de estar preso à rede local.

Automação de atividades manuais

A IA consegue processar uma grande quantidade de dados de maneira mais rápida e consistente do que um ser humano. Em atividades manuais, repetitivas e tediosas, a chance de um ser humano cometer erros é muito alta devido ao estresse e cansaço que isso demanda. Quando essa demanda é modernizada com Inteligência Artificial, alinhada a outras soluções como a tecnologia cloud computing, nativa web, o resultado é uma gestão mais eficiente, econômica e transparente.

Além disso, a utilização de um software de gestão pública com IA, possibilita que gestores e servidores dediquem a demandas mais estratégicas.

Mais qualidade de vida

Essa transformação se apresenta de diversas maneiras. Uma delas é através do autoatendimento digital, que proporciona economia de tempo e dinheiro para o cidadão. A modernização digital permite que cidadãos consigam atendimento sem precisar gastar com deslocamento, perder tempo em filas ou consumir papel.

Outra é por meio da oportunidade de destaque é a chance de receber tratamento de saúde antecipado. Com o prognóstico apresentado pela Inteligência Artificial, o municípe recebe auxílio mais assertivo do médico, evitando assim o desenvolvimento de enfermidades graves em período adequado.

Economia de recursos públicos

A IA na gestão pública economiza pela digitalização de processos, também pelo aumento do atendimento e integração. Segundo o Ministério do Planejamento, o atendimento presencial custa R$43,68 por cidadão, enquanto o digital custa apenas R$1,20. Quando esse processo é facilitado pela IA, as economias podem ser ainda maiores.

No campo da saúde, um dos setores mais delicados em toda administração pública, a adoção de Inteligência Artificial (IA) na gestão preditiva pode ser bastante benéfica. Tal uso permite que as prefeituras aloquem recursos de maneira mais assertiva para atendimento, infraestrutura e insumos.

Dara: primeira IA para gestão pública

Em maio, a IPM Sistemas lançou a Dara com tecnologia para antecipar o diagnóstico da diabetes entre 1 e 3 anos. Agora, em setembro, a IA foi apresentada com novidades no seu poder de prognósticos para abordar a condição de saúde que mais mata brasileiros: o infarto.

A ideia principal é aprimorar o atendimento e proteger a independência dos profissionais de saúde. Mesmo durante uma consulta médica regular, que pode até envolver um assunto distinto, o médico contaria com insights valiosos da Inteligência Artificial. Esses insights poderiam indicar ao paciente a necessidade de maior cuidado com certos aspectos de saúde. O objetivo seria prevenir um possível quadro de infarto ou AVC nos próximos 6 a 18 meses.

Atualmente, no Brasil, mais de 1 milhão de indivíduos aguardam na fila para realizar cirurgias eletivas através do SUS. Além disso, 2,5 milhões de crianças permanecem sem acesso a creches devido à falta de vagas. Diante deste cenário, a introdução da Inteligência Artificial para prever situações e otimizar o investimento público, focando na melhoria da qualidade de vida da população, é uma evolução e um investimento indispensáveis.

“O desenvolvimento da tecnologia é resultado de vários anos de esforço de uma equipe multidisciplinar. Esta equipe é composta por engenheiros, biomédicos, médicos e gestores públicos”, afirma Ana Mees, graduada em Engenharia Biomédica pela Duke University. Ela acrescenta que “o uso de machine learning e redes neurais profundas traz novas informações e previsões para o trabalho no setor público”.

Dara, além de sua atuação em saúde, também consegue apoiar a gestão na definição do local ideal para a construção de novas unidades de atendimento na saúde e educação, como creches ou unidades básicas. Ela é capaz de identificar as causas da evasão escolar e apontar quais alunos têm maior tendência a abandonar os estudos.

Além disso, a inteligência pode prever a quantidade de vagas necessárias dentro de um período em postos de saúde, creches e pré-escolas, bem como indicar quais mudanças na infraestrutura são necessárias para melhorar a mobilidade urbana.

A tecnologia utiliza machine learning para criar verdadeiros cérebros virtuais, aplicando redes neurais para instruir computadores a compreender os dados. Este processo é inspirado pela forma como o cérebro humano funciona, ou seja, por meio da criação de estruturas em camadas semelhantes às encontradas na nossa mente.

O compromisso da IPM com a inovação e tecnologia de ponta tornou isso possível. A empresa, inspirada por tendências globais de tecnologia, formou um time de especialistas para digitalizar o setor público.

A nova tecnologia IPM não só aponta cenários ideais como também inclui explicações sobre as razões para cada escolha. “A decisão final sempre será do gestor, mas ele não vai ter que escolher entre um caminho ou outro às cegas”, reforça a engenheira Ana.

Criada no Brasil pelo time IPM Sistemas, Dara é a primeira Inteligência Artificial para gestão pública

Desenvolvida no Brasil, Dara é a primeira Inteligência Artificial abrangente para gestão pública

Desafios de implementação

A implementação da Inteligência Artificial na gestão pública apresenta diversos desafios. A maioria deles se concentra na falta de capacidade técnica e maturidade tecnológica, tanto da equipe técnica do órgão público quanto dos fornecedores.

Muitas vezes, equipes internas de órgãos públicos entendem a adoção de IA como um processo complexo, que movimentará muitas bases internas. Quando a prefeitura usa uma solução integrada de gestão pública, como o Atende.Net, o processo ocorre naturalmente. Os dados já estão em uma base única e já operam na nuvem.

Em Rio do Sul, primeiro município brasileiro a usar IA na gestão pública, esse processo ocorreu todo acompanhado pelo time da IPM. Seguindo o mesmo padrão do sistema de gestão, é possível utilizar a IA pela internet, assim como todo ecossistema do Atende.Net, sem precisar investir em máquinas presas à alguma rede.

Em alguns casos, a maturidade tecnológica dos fornecedores é a principal barreira. Nessas situações, a melhor opção é recorrer a soluções que já tenham uma trajetória de desenvolvimento alinhado às mais recentes tecnologias. Caso contrário, a gestão pública esbarra em soluções que são simulacros ou que não permitem a coleta e cruzamento de dados com qualidade, gerando mais demandas para gestão e prejudicando a experiência dos cidadãos.

Pioneiros em IA para gestão pública

Com grande expertise em tecnologia para gestão pública, a IPM tem investido em pesquisa e inovação para trazer mais eficiência, economia e inteligência à gestão pública. A fim de melhorar a experiência dos cidadãos e gestores, criou a Dara, a primeira Inteligência Artificial abrangente para o setor público. E desde sua concepção, a IA tem como foco agir como guia na tomada de decisões no presente que impactarão o futuro.

Dara age como um cérebro digital que indica como melhorar o atendimento à população, tornando a gestão mais eficiente e inteligente. Essa nova tecnologia IPM não só aponta cenários ideais como também inclui explicações sobre as razões para cada escolha.

As aplicações atuais são muitas e seguem crescendo:

  • Definição da infraestrutura ideal, com indicativo de onde construir e ampliar unidades, e construções na saúde e na educação;
  • Previsão da evasão escolar com mais de 99% de taxa de acerto, com indicativo dos motivos do abandono da escola;
  • Previsão da demanda pelos serviços públicos, como números e locais necessários para vagas em creches;
  • Autoatendimento por meio de Assistente Virtual disponível por texto ou voz, via chat ou WhatsApp;
  • Antecipação do prognóstico de condições de saúde e doenças como a diabete, AVC e infarto.

Apesar de recentemente populares, Inteligência Artificial e aprendizado de máquina são tecnologias robustas, frutos de um extenso histórico de investimento. A IPM Sistemas dedicou vários anos para desenvolver uma Inteligência Artificial segura e eficiente para o sistema de gestão pública.

>> Vídeo: Por que criamos uma Inteligência Artificial especializada em gestão pública, a Dara?

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