Governança em saúde pública: por onde começar - IPM
IPM - Blog
Saúde Saúde

governança-em-saúde-públicaEm 15 de fevereiro de 2007, o Banco Mundial publicou o Relatório No 36601-BR, que traçava diretrizes para a governança no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. O objetivo era fortalecer a qualidade dos investimentos públicos e da gestão de recursos na área. O relatório, considerado por especialistas como uma referência quando o assunto é adoção de medidas de governança em saúde pública, trata sobre itens como planejamento, elaboração de orçamento, alocação de recursos, entre outros. Porém, na prática, são poucos os municípios brasileiros que apresentam atitudes de governança em saúde pública. Mas, então, por onde começar?

É preciso ressaltar que cada município institui e desenvolve suas ações na área da saúde em determinado ponto ou meta definido pela administração. Portanto, o tema governança em saúde pública é muito amplo, pois envolve discussões em torno de assuntos como ética, transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade empresarial, ou, neste caso, institucional. Mas é possível indicar alguns caminhos para que os gestores públicos na área da saúde obtenham resultados a partir da governança.

Tecnologia, sempre ela

Uma das medidas prioritárias é a implantação de um sistema de gestão informatizado na Secretaria de Saúde e que seja interligado com o utilizado na prefeitura. Além disso, é necessário que todas as unidades públicas de saúde do município conversem entre si via sistema, ou seja, compartilhem as mesmas informações, a partir de um único banco de dados. Um médico deve conseguir acessar o mesmo prontuário de um paciente em qualquer unidade. Sim, a tecnologia deve ser uma importante aliada quando falamos de governança em saúde pública.

O sistema de gestão pública facilita a elaboração de um orçamento na área de saúde, pois permite a emissão de relatórios gerenciais a partir do banco de dados unificado. Por exemplo: qual a quantidade necessária a ser licitada de um certo medicamento utilizado por uma parcela da população? Pelo sistema, é possível o controle dos estoques de medicamentos interligando todas as unidades. Assim, o orçamento é realizado de forma mais acertada, com a previsão real da quantidade de medicamentos necessários.

Classificação de prioridades

Já abordamos em um post anterior quais os pré-requisitos essenciais para a escolha da melhor tecnologia a ser implantada nas secretarias. Mais uma vez, o gestor deve estar atento a estes detalhes, tais como a classificação de prioridades de atendimento nos postos de saúde (um software que organiza filas), a utilização de biometria para identificação de pacientes e confirmação de procedimentos junto ao Sistema Único de Saúde, entre outros.

Neste caso, a classificação de prioridades é uma medida de transparência da gestão, premissa da governança, pois estabelece um procedimento padrão de atendimento aos pacientes nas unidades, mostrado em tela, nos locais, a todos que quiserem acompanhar.

O fato é que sem um sistema de gestão pública, qualquer iniciativa que vá ao encontro da governança em saúde pública torna-se ineficaz.

Crédito da imagem: Unsplash/CC

Voltar Página anterior
Newsletter

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter

Retornar ao topo da página