Administração Geral

Quando um gestor público opta por implantar sistemas de gestão em cloud computing nas prefeituras, uma das dúvidas mais frequentes é quanto a segurança dos dados. Isso porque quando os programas são instalados em desktop, ou seja, nos computadores físicos, causam a falsa impressão de que as informações gerenciais estão mais seguras. No entanto, ocorre justamente o contrário do que se imagina. Com o cloud computing, os dados são hospedados em datacenters, espécies de grandes centrais de armazenamentos de informações, que garantem segurança dos dados e alta disponibilidade.

Neste post, vamos listar algumas peculiaridades da utilização de datacentes, utilizado o exemplo da estrutura mantida pela IPM, empresa que desenvolve softwares de gestão pública, e como elas influenciam para a segurança dos dados nas prefeituras.


5 vantagens do uso de datacenters para a segurança de dados

1. Backup dos dados – No datacenter da IPM, localizado em Curitiba, no Paraná, são feitas cópias de backups de informações em ambiente remoto. Uma cópia fica guardada em um cofre. Outra fica em disco no próprio datacenter e uma terceira cópia é enviada à IPM, tudo para que não haja perda de dados das prefeituras clientes. No espaço físico, onde se encontram os servidores, também há um sistema de monitoramento eletrônico por câmeras, que impede o acesso ao local por pessoas não autorizadas.

2. Proteção contra fogo – No datacenter da IPM foi instalado um moderno sistema de prevenção e combate a incêndios para proteger os computadores. Além de um sistema de videomonitoramento, que detecta sinais de fogo, foram instalados cilindros com sensores entre as máquinas. Ao menor sinal de fumaça, é liberado automaticamente gás FM200, conhecido por não ser nocivo ao ser humano. Há ainda extintores convencionais por todas as salas, que possuem portas corta-fogo. A sala onde está o cofre com a fita de backup pode resistir a quatro horas de fogo, sem danificar os dados. Certamente, servidores instalados em salas de prefeituras não dispõe desta tecnologia contra incêndio, colocando os dados em risco.

3. Geradores de energia – Os geradores de energia, que garantem o funcionamento dos servidores 24h por dia, possuem um reservatório de combustível com capacidade para mais de 24 horas de operação sem abastecimento. O motor é a diesel, acoplado a um alternador trifásico, bem como quadro de transferências entre as alimentações. Com isso, o sistema em nuvem nunca saíra do ar. No caso de armazenamento nas prefeituras, uma simples queda de energia pode danificar o servidor e apagar dados importantes dos setores.

4. Climatização – As salas onde são alocados os datacenters são climatizados por chillers – equipamentos com capacidade para gerar água gelada. Os chillers ajudam a regular a temperatura nos datacenters, pois possuem capacidade de gerar água e apresentam um consumo de energia reduzido. Apesar disso, as salas com os servidores ainda possuem aparelhos de ar-condicionado, movidos a energia elétrica e a gás.

5. Carga equilibrada – Para evitar quedas no sistema, o storage, serviço de alta disponibilidade para armazenamento de dados, sempre trabalha em uma carga razoável, ou seja, com capacidade equilibrada, para não sobrecarregá-lo. Se um deles falha, o outro absorverá os serviços sem que isso afete o sistema ou gere lentidão.

Crédito de imagem: Kewl/CC0