[Artigo] Eficiência do gasto público, por Aldo Luiz Mees - IPM

[Artigo] Eficiência do gasto público, por Aldo Luiz Mees

Artigo
16 jul 2018

Por Aldo Luiz Mees, diretor-presidente da IPM Sistemas

Ninguém discute a importância do setor público digitalizar seus processos para garantir a eficiência do gasto público. Pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostra que um processo presencial custa até 40 vezes mais aos governos locais do que se feitos em plataforma digitais. Quanto à demora, os sistemas digitais levam até 74% menos tempo para serem concluídos. A questão é como saber qual tecnologia existente no mercado é mais adequada para uma prefeitura?

A escolha deve levar em conta os princípios da economicidade e eficiência da gestão pública. Vemos muitas prefeituras investindo em softwares ultrapassados quando existem sistemas modernos que garantem a proteção de dados e a economia de recursos. É o caso dos sistemas desktop, que precisam ser instalados em um ou mais computadores. Criados há mais de 20 anos, se tornaram obsoletos após o avanço dos sistemas web, com acesso via internet e informações salvas na nuvem.

Gosto de comparar a compra de sistemas com a de um carro. Ao adquirir um veículo com mais de duas décadas e muitas vezes até fora de linha, o consumidor está ciente dos empecilhos causados pela antiga tecnologia. A manutenção será mais frequente, os custos serão maiores, o veículo terá menos mecanismos de segurança e será menos confortável. Se o cidadão pudesse investir em um carro mais novo, com melhor custo-benefício, certamente o faria para não ter surpresas negativas no seu orçamento. Da mesma forma, uma prefeitura deveria investir em sistemas web para evitar futuras dores de cabeça.

A Justiça já entendeu que exigir sistemas desktop em editais não atende aos princípios de economicidade e eficiência, essenciais à gestão pública. Licitações com esses requisitos estão tendo que ser refeitas. Já os sistemas web tornaram-se imprescindíveis, não só nas prefeituras. Companhias aéreas e bancos, por exemplo, mantém os seus dados na nuvem. Além de menos custos com instalação e manutenção de softwares, a tecnologia permite o autoatendimento e a mobilidade, agilizando os processos. Portanto, é preciso repensar a contratação de sistemas desktop e investir em soluções de nova geração pelo bem do gasto público.

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